Na nave do tempo, movida pela imaginação, parto em busca do banco das saudades.
Sim, o banco das saudades. Um local seguro onde as depositamos para sentirmos o seu valor, mais tarde.
Deixo-me guiar, levando-as comigo.
Deposito-as num lugar secreto. No meu íntimo.
E elas vão crescer, valorizar.
Sabes, falta valorizarmos o que sentimos.
Não o que pensamos; o que sentimos.
Seremos nós educados para sentir?
Sei que, quando recorrer a esse valor emocional depositado, ele responderá, como sei que os dedos com que toco piano nas teclas para compor este texto, serão os mesmos que te percorrerão, numa avaliação sensorial do valor da emoção. Os meus olhos, prontos para te gravarem na retina, fecham-se, por enquanto, revendo esse teu sorriso puro e precioso. Será com saudades que brindarei o nosso reencontro, perfumado de tanto .
Até lá, vou prosperando com todas as quimeras que aprendi a acarinhar.
E sei-me cada dia mais rica…