Tempo de balanço.
Mas eu sou de letras, como diz a canção…
Sou de escrever, de inventar. Mas também de descobrir.
De sentir. Cada vez mais intensamente.
E este ano senti mais.
Tempo de sentir.
Manhãs de esperança e noites de aflição.
Dias de mudança, de trilhos por abrir.
Meses de receio. De temer violentamente.
E este ano eu vivi mais.
Tempo de viver.
Experimentei, arrisquei, a alegria, a desilusão.
Guardei o melhor, o pior deixei cair.
Procurei-me. Analisei-me friamente.
E este ano pensei mais.
Tempo de pensar.
Pensei sobre a vida, qual a minha missão
E vi que me afastei de mim, que me deixei ir.
Reencontrei-me, assim, inesperadamente.
E este ano viajei mais.
Tempo de viajar.
Saboreei a estrada, fiz-me amiga do alcatrão.
E adaptei-me, porque não sou de desistir.
Valorizei-me a mim mesma, intimamente.
E este ano amei mais.
Tempo de amar.
A mim, à família, aos amigos, à paixão.
E harmonizar, porque nunca é tarde para unir.
Respirei fundo, apreciei tudo. Mesmo.
E este ano eu sou mais.