Estou de partida. Novo desafio profissional pela frente.
Estou de saída, mas o coração aperta, os olhos contraem-se, aguados. Sacudo os ombros, cerro os lábios, as despedidas doem, mas esta dói mais.
Ancorada a um porto onde ainda há pouco cheguei, soltar amarras será duro.
Receberam-me bem, senti-me em família, cada necessidade de ajuda prontamente respondida, amizades rapidamente sedimentadas. Uma equipa, não só colegas mas amigos que se visitam, se entre-ajudam, partilham momentos extra laborais, preocupações, carros, bens. Horas que se passam em conjunto. Ansiedades vividas em grupo.
Não quero deixá-los, por isso voltarei sempre. Por um lado.
Por outro, aguarda-me um convite irrecusável. Sei que também gostarei. E espero criar novas amizades. Progredir profissionalmente.
Aprendi muito com o Zé R., o Pires, a Milú, o Zé M., a Manuela, a Lena, o Paulo, o Ricardo, a Filomena. Com o Pedro, também, a quem estou grata por ter acreditado em mim. Não encontrarei outra equipa tão tchanan como esta.
Não acredito que se repitam os convites de improviso para umas moelas (esquece lá isso!) , uma feijoada de coelho, as ofertas constantes de companhia, jogos e “trapos”, as poesias que parece que têm olhinhos.
O ambiente descontraído, o ajoelhar por baixo da mesa como praxe de aniversariante, as piadas em torno de pitons, galinhas, homens-do-cão, tanta coisa… fica tudo gravado.
Venha o jantar e as caipirinhas. Os abraços e os give-me-five! Venham eles, para me ajudar a suster as lágrimas.
A porta não ficou fechada, tal como a da minha casa continuará aberta para vós, os que me ficam guardados no coração. Não vou dizer "adeus". Direi "até já", uma vez e outra, e outra...
(a bold, expressões que os mencionados no post certamente reconhecerão)