27 fevereiro 2009

Parabéns, amiga!

É uma vizinha em duplicado: na blogosfera e na zona de residência.
É uma mulher admirável, com uma obra mais que preciosa: quatro filhos, uma família unida, um ambiente acolhedor e uma escrita tão impulsiva quanto bela.
Estou a falar da Vekiki. Hoje, o seu blogue completa um ano.
E, apesar de estar de parabéns, é ela quem oferece a recordação: convidou-me a ir ao seu blogospaço e escolher, de entre as diversas frases que seleccionou desse talentoso Mia Couto, aquela com que mais nos identificássemos.
Mia Couto é, para mim, um escritor talentoso, autor de enredos envolventes e com um vocabulários pleno de neologismos. (Se não neologismos, pelo menos magicologismos...)
Eu escolhi:

"Hoje sei como se mede a verdadeira idade: vamos ficando velhos quando não fazemos novos amigos. Estamos morrendo no momento em que não mais nos apaixonamos"

Ao blogue aniversariante deixo os parabéns e à autora desejo que consiga continuar a fazer amizades no blogobairro e que, na sua vida pessoal, tudo vá sempre correndo da forma melhor, pois ela semeia bem e merece colher melhor.

25 fevereiro 2009

Há palavras e palavras


As palavras têm poderes.
Uma palavra, como uma música, pode despertar recordações, sentimentos, associações de ideias. Turbilhões de emoções.
A que me fala mais ao coração é CUMPLICIDADE.
E qual a vossa palavra isntantânea, aquela de que gostam incessantemente?

23 fevereiro 2009

E nós por aqui estamos


longe do computador, perto da família, junto aos amigos mais queridos, nuns dias de fuga à rotina. Quando era miúda e vinha constantemente ao Porto, dizia "vou a casa", e ainda me sinto um bocado assim. Em casa. Em paz.

21 fevereiro 2009

Parabéns, amiga



Uma amiga completa hoje mais um ano de vida.
Conheci-a na blogosfera. Textos cheios de garra, imagens marcantes.
Uma frontalidade para tocar em assuntos tabu (estou a lembrar-me dum post a questionar os cavalheiros se sabiam usar a língua, por exemplo), identificação num ou noutro ponto e eis que surge uma amizade.

Que passou da blogosfera para a realesfera. E sobre amizades é difícil falar. Pelo menos algo que interesse a quem está de fora. Os amigos estão apenas ocupados em senti-la. Falam, sim, sobre as suas vidas, gostos, preocupações, projectos...

Por isso, e para quem está a ler este texto, digo apenas que este é um post de parabéns a alguém que faz mais do que a generalidade das pessoas. Normalmente, ligam e alimentam amizades por telemóvel; ou nem ligam. Ouvem sem reflectirem e dizem sem sentirem "Se precisares de alguma coisa..."

Ela não diz. Ou melhor, não se limita a dizer, fá-lo.
E, como a amizade não se agradece, retribui-se (reconheces a frase?), eu espero retribuir e ir sempre sedimentando esta amizade que se constrói de palavras e de gestos. De afecto.

Que tenhas um dia fabuloso! Que se repita por muitos anos, que os anos te tragam boas mudanças, que nós, os amigos, estejamos cá para comemorar contigo (sabes porque não estarei) e que se concretize aquilo que sabemos.
Um xi bem apertado, amiga!

Nós, estamos de partida para a Inbicta. Cinco dias de corre-corre, a ver se conseguimos ver pelo menos boa parte das largas dezenas de primos, sobrinhos e outros familiares. Sem esquecer aqueles amigos que são como família.

19 fevereiro 2009

Preparando uma surpresa

O Vasco ainda não sabe, mas a frase que proferiu há dois meses serviu de mote a uma surpresa que estou a preparar.
Junto as minhas saudades às dele e faço os preparativos para irmos passar as férias de Carnaval ao Porto, onde este ano haverá um baby-boom na família.
A minha família está praticamente toda no Porto, e é extensa, cheia de primos (direitos, esquerdos e afastados), tios, sobrinhos, sobrinhos-netos... E há os amigos. Muitos, de longa data...
Vão ser dias para recarregar baterias e emoções.

17 fevereiro 2009

Por favor..

... não comam as margaridas.
Nem os sorrisos.
Nem os arco-íris.
Nem as estrelas.
Nem os beijos.
Nem as confidências.
Nem as surpresas.
Nem...

16 fevereiro 2009

O amor surge quando não se espera

Todas as tardes, no regresso casa, Bruno passava na padaria que elegera como a sua favorita pouco após a mudança de casa.
Nos primeiros dias, ainda não conhecendo as diversas opções em redor, deixou-se levar pelo improviso, comprando o pão hoje aqui, amanhã ali. Não tardou em concluir que na pastelaria mais próxima de casa o odor a fumo entranhava-se nos produtos e que no café pequenino, de clientela mais antiga, a qualidade não era grande coisa. Bolos com travo a limão, pão sem sabor…
A prospecção das imediações continuou até ao dia em que se deixou surpreender pelo paladar delicioso das bolachinhas sortidas duma pastelaria com secção de padaria e fabrico próprio diário. O próprio pão era de uma maciez saborosa que se derretia na boca da mesma forma que os bolos. Um prazer que quase extravasava a todos os sentidos, uma verdadeira tentação. E a preços sensatos, o que era caso raro.
A vizinhança cria laços, e a simpatia reforça-os. Com o passar dos dias, Bruno foi passando de dois a três dedos de conversa com as empregadas da pastelaria.
- Hoje temos daqueles bolinhos de coco acabadinhos de cozer!- anunciava-lhe Fátima num dia.
- Ah, assim não posso dizer que não; eu bem tento nem olhar para a montra!
Ou:
- Bom dia, Isabel. Então os seus meninos, já lhes passou a virose?
- Ah, já são águas passadas!- e, de bónus, Isabel acrescentava duas bolachinhas de manteiga ao embrulho desse dia.
Noutra ocasião:
- Então e que mais, não que os mini-croissants também cairiam bem nesse lanche?- indagava Inês quando, numa manhã domingueira, Bruno contou que teria visitas para a tarde.
Mas, para Bruno, eram os sorrisos de Inês, as suas sugestões que o faziam, acima de qualquer outro motivo, voltar ao estabelecimento mesmo quando ainda tinha pão congelado. Discretamente, observava cada movimento delicado das suas mãos, tentava entrever uma especial simpatia nos comentários que se alongava a cada dia, uma atenção especial apenas dirigida para ele, da mesma forma que com ela os seus sorrisos se abriam mais e de modo mais franco.
- Então, está para receber um presente hoje?
- Eu? Porquê?
Inês vestia o casco de malha pelo avesso. Não havia dado pelo facto até Bruno lho mencionar.
-Ah, que distracção! Bem, pode ser que me dê sorte…
Passou o dia de folga de Inês e, quando tornaram a dialogar na véspera do dia de S. Valentim,
- Hoje levo quatro bolas de mistura
Ela lembrou-se de comentar:
- Sabe, há dias não tive prenda nenhuma. Andei tanto tempo com o casaco do avesso e não tive sorte.
- Ainda vai ter. Vai ver que ainda terá.
- Está bem, depois eu digo-lhe, se tiver.
No dia seguinte, Bruno não vinha sozinho na sua tradicional compra diária. Com ele, trazia um ramo simples, tendo como base um girassol.
Disse-lhe:
- É para si, Inês.
- Para mim?- engasgou-se ela, surpreendida pelo gesto inesperado de um cliente que achava uma simpatia e muito atraente.- Obrigada!
- Tem um cartão.
Ela leu-o. Um convite para um lanche a dois.
E, desta vez, não seria ela a ter o trabalho.

14 fevereiro 2009

Amor é...

... chegarmos à escola, ao final do dia, e recebermos, do nosso filho, um cartão de S. Valentim feito na aula de Expressões.
"O professor disse para fazermos um, mas como não tenho namorada, fiz para ti, mãe". (não o publiquei porque, após digitalizado, não ficou muito perceptível)

Agora, deixo aos leitores ou passantes um desafio: toca a dar uma ideia sob o tema "amor é". Não me refiro à parte física, mas ao que acham que é o lado sublime de se amar, do ponto de vista da vivência diária, da identificação, da dedicação...

Feliz Dia de S. Valentim para todos. Lembrem-se de fazer sentir àqueles de quem gostam o que sentem por eles. E, se puderem, namorem...


12 fevereiro 2009

Quem é uma mãe babada?

Sou EU!!!
Mãe de um menino de seis anos que, após mudar de escola à "queima-roupa", para uma totalmente desconhecida, com um universo completamente diferente e novas responsabilidades, se orgulha de agora estar em destaque no QUADRO DE HONRA DA ESCOLA.

10 fevereiro 2009

Surpresa

(foto da autora da surpresa. A Vekiki e a Patti reconhecerão, certamente, esta praia)

Numa espontaneidade emocional apenas possível em quem aprecia cada pormenor da vida, pegou numa pequena caixinha, em acrílico e, num impulso instantâneo, recheou-a de pequenos e variados objectos simbólicos.
A forrar as paredes, um mapa-mundi em cujos continentes figuram as palavras família, trabalho, amigos, prioridades, tempo a 2, etc.
Como conteúdo:
Uma caneta, para que a inspiração para escrever esteja sempre presente.
A espiga simboliza o pão, para que este nunca falte.
Verniz para unhas, com estrelinhas: viva o alto astral, a beleza, venham os motivos de comemoração.
Um pequeno cone verde, tipo pot-pourri, para conferir aroma agradável aos dias que passam.
Uma paisagem das ilhas gregas, desejando que se cumpra os sonhos de realizar viagens e mais viagens.
Com o ás de ouros, pretendeu transmitir-me sorte. Boa sorte na busca de emprego e em todas as outras áreas.
Uma vela, que pode ser símbolo de sabedoria, de calor, de inspiração. Ou dum conjunto de todos estes factores.
O alimento para flores: para nutrir os momentos belos, para comungar dos aspectos mais belos que a Natureza nos oferece, ou metáfora para a criação de tudo o que requer cuidado: filhos, amor, amizades, sensibilidade.
O búzio, imagem do mar que amo, do azul imenso da liberdade.
A mola para papel em forma de estrela, cor de rosa, permite reunir, no canto das prioridades, tudo o que não se pode esquecer.
A rolha de cortiça, metáfora das comemorações regadas a champagne. Que 2009 traga muitas!
Uma borracha permite apagar os maus momentos, as lembranças tristes, o que não corre como devia.
Uma pequena cruz, esculpida em metal, para me proteger.
A estrela prateada significando a noite, tempo de descanso ou de amor, de leitura ou de escrita, estrela do Norte a indicar um caminho a seguir…
Um Menino Jesus deitado nas palhinhas em gesso, para que a fé perdure (a minha é uma fé ateia, mas não a da amiga que ma ofereceu).
Um coração a prometer emoções e afectos, ou novas amizades.
O peixinho de madeira, minúsculo, às riscas coloridas, para que a beleza da Natureza continue a deslumbrar-me e a inspirar-me.
Um palito/adorno para cocktails/gelados, com fitinhas coloridas, promete convívios, comemorações, ocasiões especiais.
A borboleta, formosura esvoaçante, que eu tanto aprecio, alia a capacidade de evasão à perfeição do que é natural.

Reunidos todos estes elementos, entregou-mos, à laia de presente improvisado, numa ocasião em que reunimos os miúdos e fez-me a surpresa. Ainda tenho comigo a sensação de que não consegui transmitir-lhe a admiração e o quanto apreciei, tal foi o deslumbramento em que me apanhou.
Tanta coisa, tantos pormenores importantes e demonstrativos de afecto, reunidos num ímpeto amigo de alguém que se lembrou de mim numa das piores fases por que tenho passado.
Obrigada, amiga!

08 fevereiro 2009

Desafio dos Oito Sonhos

O Tiago passou-me o Desafio dos Oito Sonhos. Não percebi se me acha com "pinta" de sonhadora ou se, pelo contrário, me julga tão de pés assentes na terra que pense que um desafio assim me faria exercitar a imaginação.

O desafio consiste em:

a) escrever uma lista com 8 coisas que sonho fazer ou com as quais sonhe;
b) convidar 8 bloggers a responder ao mesmo;
c) comentar no blog de quem partiu o desafio;
d) comentar no blog de quem desafiamos;
e) mencionar as regras.

Então, comecço pelas respostas:
1- ter um novo emprego, rapidamente.
2- viver uma vida suficientemente calma.
3- ver os meus filhos desenvolverem-se harmoniosamente e tornarem-se adultos responsáveis e equilibrados.
4- viajar, muito.
5- voltar, um dia, a saborear o silêncio.
6- ter com quem compartilhar tudo.
7- não ter de pensar em dinheiro.
8- terminar um projecto literário que me faça sentir que consegui.

E agora passo a "bola" a:

1- Vekiki
2- Blue Velvet
3- São
4- Si
5- Fada
6- Girafa Cor de Rosa
7- Jo Ra Tone
8- António Saramago

(Nota: este é outro post que já estava escrito, mas cuja publicação programei apenas para hoje. Logo que me sinta com mais capacidade, voltarei aos vossos blogocantos)

06 fevereiro 2009

Que é que eu faço com tantos???

A Blue Velvet deu em pôr em dia as distinçõesE toca de encher aqui o Escrito a Quente de prémios


Bem, eu, além de agradecer, não vou fazer mais nada a não ser



destacar que o que mais me impressiona é a amizade que se disponibiliza a alguém



que se conhece na blogsofera. Porque esta questão dos prémios, sem quere desvalorizá-la, começa a ser demasiado comum.
O que não é comum é as pessoas saberem que contam com alguém nesta ou naquela situação importante.
E eu sei que conto. Obrigada, Blue Velvet. Pelo que não está contido nestes prémios.

(Nota: este post estava escrito antes de eu ter tido a notícia. Entretanto, programei a sua publicação, mas ainda não voltei ao ritmo blogsoférico)

02 fevereiro 2009

So long, my English Father

Ainda não era a tua hora. O destino pregou-nos uma partida...
Estou demasiado arrasada para encarar a tua partida.
Agora, quer o meu pai quer o meu "pai inglês" estão já no plano infinito. Duas estrelas que eu espero que se encontrem e recordem os bons momentos. É a estes que estou a tentar remeter-me agora.

01 fevereiro 2009

(imagem retirada da net)

O CHÃO É CAMA
O chão é cama para o amor urgente
Amor que não espera ir para a cama.
Sobre tapete ou duro piso a gente
Compõe de corpo e corpo a húmida trama-
E para descansar do amor, vamos à cama.


(Carlos Drummond de Andrade)

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