29 setembro 2008

Momentos axadrezados

O pedido foi feito cedo e reiterado inúmeras vezes: "Mãe, quando é que me ensinas a jogar xadrês?".
Eu achava que cinco anos eram poucos para quem pretendia aventurar-se neste jogo, que de fantasia não tem nada e de acção ainda menos. Receava não conseguir cativá-lo e que, com isso, o seu entusiasmo pelo xadrês esmorecesse sem remédio. É que eu aprendi a jogá-lo aos sete anos e o meu preconceito não me deixava encará-lo como um desafio para um menino de cinco.
Cada adiantamento meu esbarrava num argumento dele. A insistência infantil levou a melhor. E ainda bem.
Hoje, o Vasco joga xadrês com gosto. Perde peças, aliás perde mesmo as partidas porque lhe falta ainda a capacidade tática e, por vezes, a concentração. Mas vai marcando pontos no raciocínio e não se deixa abater por nenhuma derrota, antes clama por mais um jogo.
E eu "babo-me" com o interesse demonstrado por um passatempo que me foi incutido pelo meu pai e que agora saboreio com o meu filho, num fio condutor intergeracional que espero não ficar por aqui...

25 setembro 2008

Outono

(uma das folhas que recolhi- é maior que o tamanho A4)

"Eu gosto que seja Outono. Isso significa que já estamos perto dos meus anos"- os seis anos, incompletos, do Vasco, já usam o termo "significa", e outros que tais, para nos recordar que o tempo voa e eles crescem.

Já eu, não sou grande apreciadora do Outono. Para mim, o caliente do Verão, a luz a toda a prova e as altas temperturas do ar -e não só é- que me fascinam.
Dêem-me Sol, mar, azul e eu sou uma mulher feliz.

Há, no entanto, uma característica específica do Outono que me agrada. É o despir das árvores.
Gosto de dar por mim a recolher vestidos do chão, sob a forma de folhas de plátano, e guardá-los.
Deito-as entre livros e adormecem por uns dias. Ou então, sobre uma secretária, com um cobertor de jogos a embalar-lhes o sono. O sono de beleza destas folhas que, pouco depois, acordam para me embelezar a casa e os dias.

Parabéns, comadre!


Não atendes o telemóvel. Há semanas e semanas.
Fechaste para balanço. Precisas de sossego, por isso, à excepção do trabalho, o telemóvel não funciona.
Muito bem.
Aproveita o teu pacato Alentejo. Inspira fundo também por mim.
Faz o balanço e o balancete, deita para trás das costas tudo o que não presta e até aquilo que é neutro, nem sim nem sopas.
Dedica o tempo livre a não te esforçares para nada e recompensa-te, assim, do esforço dos dias.
Concede a ti própria o silêncio de que todos necessitamos para nos encontrarmos.
Mima-te.
Diminui o ritmo sempre que puderes. Nada de quilómetros, de voos razantes, de relatórios de trabalho. Esquece os controles do chefe, erradica as pressões aterrorizantes da empresa, não penses em reuniões, percentagens ou vendas.
Protege-te.
Mas lembra-te que tenho outras formas de chegar a ti.

De te dizer que a vida, mais que tudo isto, é feita de laços. Laços afectivos que não se desfazem pelo silêncio, nem afrouxam com a distância.
De te dar os parabéns por mais um ano que completas, por seres a amiga que transformámos em familiar quando te escolhemos para madrinha da nossa filha.
De te recordar que, não obstante todas as perdas por que passáste recentemente, continuas a ter-nos como teus amigos, em todas as circunstâncias.
De te assegurar que, estando a muitos quilómetros de distância e mesmo que não ouçamos a tua voz, é contigo que estamos hoje. Como sempre.
Parabéns, querida!
Muitos beijos, de todos nós. Um beijo especial, daqueles de tipo lambido, da tua afilhada.
(este post, como julgo que perceberão, é para uma aniversariante. Pode parecer lamechas, mas esta é uma daquelas amigas que toda a gente gostaria de ter. Por ela, até posso passar por piegas; não me importo)

23 setembro 2008

Aventura no aquário

(este é mais um post de parceria com o André, em que a foto é dele e consta do seu álbum http://flickr.com/photos/andreamaral e o texto é meu)

Não sou pessoa para ficar a olhar para um écrã televisivo só pela companhia. Por mim, até vivia bem sem televisão. Gosto de ver um ou outro noticiário e, de vez em quando, até posso ser apanhada a ver um filme ou um documentário. Isso sim, até faria mais vezes, mas julgo que só será possível quando os meus filhos já não quiserem a minha companhia frequentemente.

Prefiro olhar para um quadro real que para um écrã; essa é uma das razões pelas quais cá em casa existe um aquário. Coisa pequena, apenas leva 39 litros de água doce. Água que, ao longo de mais de três anos, se manteve fria, até que há umas semanas, de tanto trabalho que me deu limpá-lo, lembrei-me de complicar as coisas.
Pois se até havia por aí um termostato que nunca conhecera uso, porque não inseri-lo no ambiente aquático e povoar este com outros tipos de peixe, além dos laranjas, do preto de cauda farfalhuda e do capuchinho vermelho?

Se fui rápida a pensar, não podia deixar de sê-lo a passar à acção.
Passei, com o Vasco, na loja exclusiva de aquariofilia e informei-me dos procedimentos e do tipo de habitantes novos que poderia acrescentar, sem perigo de canibalismo por parte dos pioneiros, já que estes cresceram, e cresceram, e cresceram...
Criado o novo ambiente, os antigos moradores ganharam novos coabitantes, um limpa-vidros preto e um limpa-fundos transparente, acinzentado. Bem pequenininhos....
A adapatação correu bem, até que, há dias, apanhei um susto daqueles.

Com frequência espreitava o interior do aquário, certificando-me do estado dos mais novos e, desta vez, não parecia que estivesse a ver bem.
O preto, quietinho no fundo, nem se mexia.
O outro, nicles... não o descobria. Duvidando da minha própria capacidade visual, fui prescrutando o interior, cada segundo mais espantada, cada instante mais desconcertada.
Até que a minha mente descortinou o que temia: a boca do maior peixe revelava a pontinha de uma cauda, pequena.

Fiquei tão surpreendida quanto revoltada, ao ver que o limpa-fundos estava a servir de repasto do big fish. Seria possível, canibalismo no meu aquário? Pois se o vendedor até me garantira que isto não sucederia...
O laranja, grande, parecia atrapalhado com o outro "encalhado" na sua boca. Cheguei a pensar que iam ambos desta para melhor...
Inconsolável, lamentando a morte precoce do limpa-vidros, que retirámos logo dali, ia blasfemando contra o grandalhão que abocanhara o minorca limpa-fundos. Cheguei, mesmo, a dizer: "bolas, se fosse um cão ou um gato ainda podia ralhar-lhe, castigá-lo, mas com um peixe nem posso fazer isso..."
Incomodada, deitei os miúdos e só muito depois voltei a olhar para o aquário, numa admoestação engolida àquele assassino que surgira na nossa própria casa.
Incrédula, até pisquei os olhos. Esbugalhei-os, de seguida, atónita. O pequenitates voltara ao reino dos vivos.
Ali andava ele, todo espevitado, a alta velocidade de uma lado para o outro a percorrer o fundo daquele ambiente, sem o mais leve indício de que algo não estivesse bem.
Já passaram vários dias e ele lá continua, vivinho como sempre, com a energia habitual, felizmente...

21 setembro 2008

Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer


(imagem retirada do blogue esic.3kta.net)


Há um ano, publiquei um post com este mesmo título.
Para quem não o leu, pois na altura este blogue tinha menos leitores, deixo aqui o link, que os conduzirá a um dos meus textos impregnados de saudade:

http://escritoaquente.blogspot.com/2007/09/dia-mundial-da-pessoa-com-doena-de.html

Alzheimer é uma doença colectiva, uma doença familiar, sobretudo.
Porque afecta não só a pessoa que dela padece como também os seus familiares e amigos.
É um pesadelo latente no dia-a-dia; garanto que, durante os dias, anos, de vida do meu pai em que a doença já dele tomara conta, não passou um momento em que não fizesse sentir no mais íntimo de mim mesma. E é um pesadelo sem fim, pois ainda hoje o sinto: sinto-o na saudade, no sentimento de revolta de quem se sente roubada por ter apenas, durante anos, um corpo sem a personalidade que o identificava como meu pai. E sinto-o na minha própria maneira de estar na vida. Muito mais sofrida, muito mais envelhecida, mas capaz de valorizar muito mais todas as pequenas coisas boas que estão ao nosso alcance.

A Doença de Alzheimer começou por me arrebatar a gargalhada, mais tarde roubou-me o meu pai, arrebatou o avô da Vasco, enegreceu a minha gravidez da Mafalda.
Mas não me surripiou esta necessidade premente de comunicar, nem o impulso de sensibilizar toda a gente para esta doença.

18 setembro 2008

Domingos no Museu

Que as manhãs de Domingo nos museus são gratuitas, já muita gente sabe.
O que nem todos sabem, nem é muito divulgado, é que os museus desenvolvem, muitas vezes, programas educacionais para além da mera exposição permanente.
Conforme publiquei há dias, eu e o meu filho fomos recentemente ao Museu dos Coches e até foi ele que reparou que este disponibiliza um conjunto de actividades extra para os mais novos.
Assim, ficámos a saber que ali são levados a cabo ateliers de Expressão Plástica e de Douramento, além do Jogo Descoberta (de que reproduzo, no início e final deste post, a primeira e a última folhas do prospecto que serve de fio condutor do jogo), do Teatro de Sombra Chinesa, do Domingo em Família e, claro, das Visitas Guiadas.

Referir-me-ei aqui apenas às primeiras iniciativas, os ateliers.
São efectuadas no penúltimo Domingo de cada mês e, se no de Expressão Plástica, é utilizada a técnica de stencil para as crianças estamparem em tecido diversos elementos relativos à colecção exposta, no de Douramento são ensinadas aos mais pequenos as técnicas de douramento e, no final, é-lhes oferecida uma recordação.

Claro que fciou logo prometido que os levaria neste Domingo e, com uma boa gestão do tempo, ainda poderemos assistir ao render da guarda.
Que acham? Parece-me uma boa forma de tirarmos os miúdos de casa sem ser para o tradicional parque ou praia.

16 setembro 2008

Primeiro ano


15 de Setembro. Nova etapa na vida do meu filho. Nas nossas vidas.

O Vasco foi para o infantário aos quatro meses. Eu ainda amamentava e doeu-me retomar o trabalho e ter de deixá-lo todos os dias, o dia inteiro, entregue a pessoas que, embora tivessem sido escolhidas por mim, não eram eu. Ponto final. A atenuar a dor, apenas o facto de o pai ter tirado a licença parental de uma semana, quando a licença de maternidade terminou, o que proporcionou uma adaptação gradual do Vasco ao novo espaço.

Aos três anos, mudámo-lo de escola. Por opção nossa, mas reticentes em relação à sua reacção.
Incentivámo-lo a gostar da futura escola e ele adorou-a desde o início. No primeiro dia apenas lá ficou umas duas horas, mas no segundo, quando cheguei para o ir buscar, ao fim de uma manhã inteira, veio contrariado; queria ficar mais tempo.

Agora, o Vasco mudou novamente de escola. Por razões absolutamente alheias à nossa vontade.
Tivemos de, num rompante, convencê-lo que seria bom para ele mudar de escola, quando nós próprios gostávamos tanto da anterior que nos vimos obrigados a um controle de emoções fora do normal para não chorarmos enquanto lhe dávamos a notícia.

Foi difícil vê-lo iniciar a escolaridade obrigatória fora do local onde nos sentíamos confiantes, com gente que adora os miúdos e se afeiçoou a eles, com métodos do nosso agrado e com os amigos que já tinham com o Vasco uma relação extra-escola. Aquela era a escola onde o sentíamos "em casa". Porque até nós nos sentíamos em casa.

No dia 15 de Setembro começou o primeiro ano de escolaridade do meu primeiro filho. Numa escola onde nem nos é permitido entrar quando levamos as crianças.
Numa escola onde ele não conhece absolutamente ninguém e onde os primeiros dias são de aferição do grafismo de cada menino.

Na antiga escola, onde todos caminham juntos há anos, as aulas começaram no dia 10 e os ex-colegas já aprendem as letras, enchendo páginas de cadernos pautados.
Os dois amigos mais chegados do Vasco, mesmo sem terem mudado de escola, choraram, perante a nova rotina e a ausência do amigo.

No entanto, o Vasco continua a ser o meu pequeno herói. E tranquilizou-me ao demonstrar que gostou da sua nova escola e que aceitou bem o facto de ir conhecer novos amigos e permanecer numa escola onde terá de amadurecer um bocadinho mais rapidamente.
Cá estarei para acompanhar os seus progressos e a proporcionar-lhe o convívio com os antigos colegas.

15 setembro 2008

Pela justiça

A blogosfera tem dois aspectos que me tocam particulrmente.
Primeiro: nela se pode encontrar boa leitura, já que há por aí gente com enorme talento para moldar as palavras.
Segundo: é um espaço de convívio e de solidariedade que ultrapassa o virtual.

A Odele é uma pessoa que todos devem conhecer, pois pessoas como ela, com garra e espírito de iniciativa e que, ainda escrevem bem, não há muitas.

Conheci-a pelo blogue que criou para alertar a opinião pública mundial acerca da situação da filha, cujo acidente numa piscina a deixou num estado de coma vigil há dez anos.
A Odele tem movido céus e terra para que seja feita, pelo menos, a justiça possível. Com toda a força que apenas uma mulher pode ter, com todo o amor que só uma mãe tem.

Com todos os momentos de tristeza e revolta, ainda se empenha em cuidar da filha com o maior esmero. Aconselho quem, por acaso não o conheça, a visitar o blogue

http://flaviavivendoemcoma.blogspot.com/

"Este blog tem por objetivo ALERTAR aos leitores sobre os riscos oferecidos pelos RALOS DE PISCINAS, denunciando os fatos que levaram Flavia ao coma no qual se encontra até hoje, bem como EXIGIR A PUNIÇÃO EXEMPLAR DOS RESPONSÁVEIS. Por esta razão, NÃO ACEITAMOS DOAÇÕES DE QUALQUER ESPÉCIE, vez que este não é o objetivo deste blog. Se puder, colabore DIVULGANDO os fatos que afetaram e afetam a vida de Flavia, isto sim, será de grande valia para nós. Obrigada."- como a própria autora refere.

E se, depois de tudo isto, duvidarem que possa ter oportunidade para mais o que quer que seja, desenganem-se: a comprová-lo, o seu blogue escrito para saborear, que verão no "perfil completo".

13 setembro 2008

Passeio cultural

(imagem retirada do site do Museu dos Coches)
O meu filho tem ficado comigo em casa enquanto não têm início as aulas na sua nova escola.
Na passada Terça-feira, aproveitando o facto de o Sol nos desafiar para uma brincadeira de esconde-esconde, resolvi fintá-lo e trocar a habitual manhã de praia por um dia de passeio e História.
Ao adquirir o bilhete de entrada no Museu dos Coches, o meu sorriso perguntou ao senhor que os vendia se, por acaso, não faziam um desconto a pessoas desempregadas. O sorriso dele respondeu-me perguntando se eu não teria dois euros. Guardei a nota de dez e dei-lhe a moeda de dois, pensando que, afinal, o preço aquém do que eu esperava.
Se, inicialmente, o Vasco atentava na história de cada coche, rapidamente ficou ávido de seguir, de forma a mais rapidamente chegar às galerias superiores.
Numa destas, deparámos com uma exposição dedicada ao rei D. Carlos e lembrei ao meu filho que já havia visto uma exposição sobre o mesmo monarca no Museu do Mar, esta última virada para a vertente de velejador do rei.
Nesta fase, estávamos sentados, seguindo o filme que era exibido; falámos também sobre o Museu da Marinha.
Um casal brasileiro, que chegara na véspera para a sua primeira visita a Portugal, encetou uma conversa comigo acerca deste quando nos ouviu. A troca de impressões foi desde a minha opinião sobre o Museu da Marinha e seus conteúdos até ao facto de o casal já ter viajado muito pela Europa e se ter deparado com um museu francês cujos coches eram meras réplicas, tocando ainda na percepção de que no Rio, quem visita o Pão de Açúcar e o Corcovado serem, essencialmente os estrangeiros e nacionais não cariocas.
Mais tarde, de volta da Agenda Cultural de Lisboa, o Vasco entusiasmou-se com as actividades pedagógicas para crianças que o museu desenvolve. E eu, observando os bilhetes, constatei que o funcionário do museu me vendera a tarifa de jovem, dos 15 aos 25 anos.
Combinei logo com o Vasco que voltaríamos ao museu e não só agradeceríamos a redução da minha idade, como nos informaríamos acerca daquelas actividades.
São no penúltimo domingo de cada mês, destinadas a serem programa familiar e gratuitas, dando ainda direito a uma recordação. E, bem organizado, ainda permite assistir, no final, ao render da guarda presidencial. Mas isso fica para outro post.
Após o mata-bicho, o miúdo brincou no parque dos relvados de Belém, enquanto a mãe dividia a atenção entre ele e a almejada leitura do livro corrente.
Quando ele deu por finda a brincadeira, desafiei-o a ir ver se o repuxo em frente ao Mosteiro dos Jerónimos estava ligado e, confirmando-se a negativa, "abri-lhe o apetite" para o Padrão dos Descobrimentos.
A caminho dos seis anos de idade, isto soou-lhe a aventura. Quis logo subir ao topo do monumento, numa clara rota de colisão com as vertigens da mãe.
Na bilheteira, a rapariga explicou-me que o muro em torno do miradouro tem 1,4 metros e que, se eu não pegasse no Vasco, ele não conseguiria desfrutar da vista.
-"Ok, vamos lá ver como me sairei desta. Depois conto-lhe"- respondi.
E foi a decisão acertada; ele apreciou, eu também, e não me senti incomodada, embora tivesse subido desafiando as tonturas e a aceleração cardíaca.
A vista é espantosamente bela e eu encarreguei-me de fazer uma bela reportagem, como de todo o dia, aliás.
No regresso, o meu filho exclamou: "Não te disse que lá em cima íamos encontrar um novo queijo?", numa alusão à história do Quem Mexeu no Meu Queijo.
E eu concordei: "Claro! Eu alcancei um novo queijo: enfrentei o temor de sentir vertigens".
Agora, parto para outro: conseguir, um dia destes, subir ao Cristo-Rei, em cuja base já estive duas vezes, sem me atrever a elevar-me até ao cocuruto.

11 setembro 2008

Novo livro da Maria Mamede

A Maria Mamede vai lançar uma nova obra, desta vez em parceria com Albino Santos.
Por ser longe, não poderei estar presente. Mas a todos aqueles que possam, deixo o convite para este lançamento. Aposto que apreciarão, como eu, a autora, uma Amiga, (por sinal a primeira que encontrei na blogosfera) e a obra.

Deste novo livro, deixo-vos aqui um poema:

De novo as andorinhas!
Mal chegam ao nosso beiral
procuram, com ânsia os ninhos antigos;
com ânsia igual
às vezes, esquecida que foste embora
procuro o aconchego do teu corpo
na cama vazia!...

Poderão apreciar este e outros, tão ou mais belos, no blogue

http://noceuenaterra.blogspot.com/

da própria Maria Mamede.

PARABÉNS, MARIA! AQUI REITERO OS VOTOS DO MAIOR SUCESSO PARA ESTA OBRA.
EM PENSAMENTO, ESTAREI CONTIGO NO DIA 15, A ABRAÇAR-TE COM FORÇA E AMIZADE.

10 setembro 2008

Atribuições

Dedicada como é à blogosfera, a Blue Velvet lembrou-se deste blogue, mais uma vez, quando decidiu encher-se de fôlego e distribuir os prémios com que o seu blogue foi distinguido. E são muitos. O Blue Velvet é um espaço que os merece todos.
Aqui ao Escrito a Quente, a Blue Velvet atribuiu dois prémios, que torno a agradecer:



O prémio de Qualidade Arte Ponto Vida, que "foi criado para homenagear e reconhecer o trabalho de Blogueiras e Blogueiros cujos Blogues incentivam a Terapia do Artesanato."As regras deste prémio são:

1) Indicar de quem você o recebeu
Essa é fácil: da Blue Velvet.

2) Dizer porque você resolveu criar o seu blog
Para dar largas ao meu gosto pela comunicação, para receber opiniões e porque passei a dispor de tempo livre; coincidiu com a época em que fiquei desempregada.

3) Dizer qual o é o seu artesanato preferido
Gosto de inúmeros tipos de artesanato: bijutaria, escultura, ponto-de-cruz, diversos tipos de artes decorativas.

4) Homenagear outros 13 blogues com os quais você mais se familiariza
A esta questão não vou responder. A Blue Velvet que me perdoe. Aprecio muitos blogues, alguns dos quais são já uma agradável leitura diária, ou quase. E não me tenho dedicado à blogosfera o suficiente para achar que consigo fazer escolhas justas a este respeito.


O Prémio Luz, que "deve ser repassado a sete amigas que se mostrem generosas, espontâneas e alegres"

Colocar o link de quem ofereceu o prémio – já o referi, foi a Blue Velvet.

Colocar o link das pessoas escolhidas para receberem o prémio – como expliquei acima, não vou nomear ninguém. Há várias amigas, mais ou menos virtuais, que o são.

Agora, a resposta a duas questões:
- Qual a sua maior virtude? Ser positiva.
- Qual o seu maior defeito? A dificuldade de, simplesmente, parar... (lembram-se do penúltimo post?)

09 setembro 2008

Parabéns a duplicar

Não é feito inédito, mas é admirável o que hoje os nossos atletas paralímpicos conseguiram.
Duas bandeiras em verde e vermelho foram hasteadas no
Fencing Hall, enquanto A Portuguesa embalava a emoção
destes dois amigos, João Paulo Fernandes (ouro) e António Marques (prata), campeões de bocciaBC1.
Repetia-se a imagem de 2000, em Sidney, quando José Macedo derrotou Armando Costa numa final de bocciaBC1.

Hoje alcancei o meu objectivo. Aqui, cada jogo foi uma batalha, mas consegui. Não há palavras para descrever o que sinto.
(palavras de João Paulo Fernandes no final da prova)
Portugal ocupa os lugares de topo do ranking das provas de pares e de equipas, pelo que, se os deuses estiverem do nosso lado, a proeza poderá repetir-se. Vamos acreditar que sim.

08 setembro 2008

Equilíbrio interior

(foto minha)
Sem querer fazer deste blogue um espaço de psicoterapia, deu-me para hoje vos expor uma questão pessoal.
Até sei qual o meu problema, chamemos-lhe assim.
É gostar demasiado de viver. Passo a explicar-me: num repente, sou capaz de me lembrar, sem esforço e de imediato, de umas dezenas de passatempos, ou hobbies, ou o que lhes queiram chamar, que me são apelativos, alguns dos quais na versão superlativa.

O que se passa, então, comigo, perguntam os leitores? Onde é que este arrazoado nos levará?
Pois, respondo eu, a questão é esta: COMO é que eu consigo contrariar esta minha tendência de formiguinha e proporcionar-me momentos de lazer, uns minutos por dia?
Eu, que sei quais são as actividades que me dão gosto, mas que consigo, reiteradamente, sabotar-me. Acabo sempre por me entregar qo que tem de ser feito, e vez do que dá prazer ser feito.
Sugestões para dar a volta a este ciclo vicioso, aceitam-se.

05 setembro 2008

Uma imagem...


(foto minha)
... de beleza superior a quaisquer palavras que hoje pudesse escrever.
Porque há dias assim, em que as palavras são potenciais inimigas, armas apontadas que é necessário saber utilizar.
Os meus silêncios respeitam o peso das palavras que é preciso conter.

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